quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Planta Carnívora



Plantas carnívoras são plantas entomófagas com a habilidade de capturar insetos e animais e, através de enzimas digestivas, extrair compostos nitrogenados para seu próprio aproveitamento. São normalmente habitantes de solos pobres e encharcados, com pouca disponibilidade de nitratos (essenciais para a síntese da molécula de clorofila), dependendo assim do nitrogênio contido nas proteínas dos animais.
As plantas carnívoras são nativas da faixa tropical, ocorrendo no Sudeste Asiático, América e Austrália, umas poucas no sul da Europa e África, muito embora existam gêneros ou famílias inteiras adaptados ao clima temperado (vide descrições abaixo).
Familias
Existem quatro famílias principais de plantas carnívoras: Nepenthaceae, Sarraceniaceae, Droseraceae e Lentibulariaceae. São extremamente distintas entre si com respeito às estruturas reprodutivas, o que indica que podem ter evoluído paralelamente, e que sua habilidade de capturar e digerir seja uma convergência evolutiva. Entretanto, algumas estratégias de captura são similares, como nos animais.
Nepenthaceae
As plantas desta família possuem na ponta de suas folhas estruturas semelhantes a jarros, sendo na verdade continuações da própria folha modificadas, com as bordas do limbo unidas formando uma ânfora. Sobre a abertura desta ânfora encontra-se uma estrutura semelhante a uma "tampa", normalmente colorida, servindo de proteção estática para que a armadilha não se encharque. Isso faz com que apenas uma porção de líquido encontre-se em seu interior, e é neste líquido que insetos, aranhas, e mesmo pequenos pássaros ficam presos ao escorregarem para dentro do tubo - atraídos pelas cores e pelo brilho de glândulas situadas na base da tampa. Umas 15 vez dentro, uma parede cerosa e pêlos no interior da folha voltados para baixo evitam que esta possa ser escalada, e ali os animais são digeridos.
Esta família possui os maiores espécimes de plantas carnívoras e tem a forma de uma trepadeira (sendo que a estrutura entre a folha e a armadilha atua na sustentação da planta, de maneira análoga às gavinhas das videiras).
Sarraceniaceae
Esta família consiste de plantas carnívoras com folhas saindo de um rizoma subterrâneo, folhas estas unidas pelas bordas formando um comprido jarro, semelhante à família Nepenthaceae. Compreende os gêneros Sarracenia, Darlingtonia (ambas naturais da América do Norte) e Heliamphora (natural da América do Sul). Encontradas na sua maioria em climas temperados, as plantas entram em um período de dormência nas épocas mais frias do ano.
Droseraceae
Droseraceae é uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor - divisão Magnoliophyta), pertencente à ordem Caryophyllales. A ordem à qual pertence esta família está por sua vez incluida na classe Magnoliopsida (Dicotiledóneas): desenvolvem portanto embriões com dois ou mais cotilédones. As droseráceas são plantas carnívoras que se alimentam de uma forma singular, as plantas possuem gotículas de uma substância pegajosa em suas folhas e caule, de modo que se um inseto pousar nela, a planta se dobra na região em que o ser pousou e suga os seus corpos.
Lentibulariaceae
O gênero Pinguicula pertence à família Lentibulariaceae, mas possui estratégia parecida com as Drosera. Esta família também possui estratégias passivas e ativas. Em Utricularia, gênero de plantas basicamente aquáticas, a maior parte das folhas (senão todas) são submersas e extremamente modificadas em filamentos muito ramificados. Em alguns pontos destes filamentos, encontram-se pequenas câmaras vazias, seladas por uma válvula e guarnecidas por pêlos. Larvas ou animais planctônicos, ao encostarem nestes pêlos, detonam um processo semelhante ao da Dionaea, abrindo a válvula e provocando uma súbita corrente de água para o interior das câmaras, carregando o animal consigo, onde ele será digerido.
Outras famílias
Além destas quatro famílias, há plantas carnívoras menos conhecidas em duas outras famílias:
Cephalotaceae é uma família cuja única espécie é Cephalotus follicularis. Esta espécie possui uma elaborada, mas pequena, armadilha do tipo ânfora (uns poucos centímetros no máximo), e está restrita ao sudeste da Austrália.
A família Drosophyllaceae inclui o Drosophyllum lusitanicum,uma planta carnívora endêmica de Portugal, Espanha e norte de Marrocos.
Algumas espécies de Bromeliaceae, como a Brocchinia reducta e Catopsis berteroniana são reconhecidamente ou suspeitas de serem carnívoras. Bromélias são monocotiledôneas, e como são naturalmente plantas coletoras de chuva pela forma de sua folhagem, e muitas espécies são epífitas e coletam detritos (Bromélia tanque), não é de se espantar que algumas tenham desenvolvido um hábito em direção à carnivoria ao adicionar cera e pêlos voltados para baixo à sua estrutura.
Como a maioria das carnívoras, Cephalotus e bromélias carnívoras são encontradas em regiões de solos pobres (ou com deficiência de nutrientes, como ocorre com as bromélias epífitas), alta luminosidade, muita umidade e incêndios naturais regulares ou outras perturbações do habitat.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Monstro-de-gila

Nome científico: Heloderma suspectum

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Sauria
Família: Helodermatidae
Género: Heloderma
Espécie: H. suspectum

Distribuição
Esta espécie de lagarto venenoso pode ser encontrada no Norte do México e no Sul dos Estados Unidos, em zonas quentes, áridas e desérticas. Durante os meses mais quentes do ano, adoptam hábitos nocturnos, e no Inverno hibernam..

Alimentação
A base da alimentação destes animais consiste em pequenos roedores, como ratos e coelhos. No entanto, também se alimenta de outros lagartos e, ocasionalmente, de aves.

Estado de conservação
Vulnerável e protegido por lei federal nos Estados Unidos, onde a sua caça é proibida. No mercado negro, são vendidos a preços exorbitantes.

Reprodução
As fêmeas desta espécie fazem um buraco na areia, onde depositam até 12 ovos, que eclodem cerca de 30 dias depois

Tamanho
Estes grandes e lentos animais crescem até um comprimento de cerca de 60 cm.

Longevidade
Este lagarto tem uma esperança de vida que ronda os 20 anos.

Dragão-de-Komodo




Nome científico: Varanus komodoensis

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Sauria
Família: Varanidae
Género: Varanus
Espécie: V. komodoensis

Outros nomes
Crocodilo-da-terra

Origem
O dragão-de-Komodo é o maior dos lagartos que existem na terra. Habita na ilha de Komodo na Indonésia, e em outras pequenas ilhas adjacentes.

Alimentação
Este incrível gigante é um predador notável, já que por regra não mata instantaneamente a sua presa; morde, e a infecção causada pela sua mordedura vai acabar por matar o animal, ou mesmo o humano, ao fim de alguns dias. Depois, quando cheira a carne putrefacta - e o dragão consegue captar o cheiro até 7 km de distância! - dirige-se ao local, para então fazer o seu banquete. Como a carne já está em adiantado estado de putrefacção, os dragões arrancam pedaços com a boca e com as enormes unhas que possuem. O que normalmente acontece é que vários dragões chegam à mesma presa e ao mesmo tempo, sendo então a refeição partilhada, de forma hierárquica, mas sempre com algumas lutas entre eles. A hierarquia é estabelecida pelo tamanho corporal e força dos animais.
As presas preferidas dos dragões de Komodo são os búfalos, os javalis, os cervos, os cavalos e os macacos.

Perigo para as populações
Nestas ilhas, as habitações são construídas sobre estacas, dado que desde sempre muitos habitantes morreram, em virtude dos ataques destes bichos, que por vezes invadem as aldeias. Até há poucos anos, quase todos os humanos que eram mordidos acabavam por morrer. Com a evolução dos fármacos e com assistência mais rápida, começaram a ser salvas algumas pessoas, que ficam para sempre marcadas nas zonas afectadas pela mordedura. Outro aspecto que levou a algumas mortes foi o facto de só em pleno século XX, por volta de 1910, se ter dado a devida atenção a este animal, e às consequências da sua terrível mordedura.

Para se ter uma ideia do cocktail de bactérias existente na saliva destes bichos, se um dragão-de-Komodo se morder a ele próprio, poderá acabar por morrer com as bactérias provenientes da sua própria boca!

Reprodução
Para a reprodução, as fêmeas fazem buracos no chão, onde depositam entre 24 e 30 ovos, que eclodem cerca de 40 dias após a postura. Muitos dos dragões que vão nascer nunca vão atingir a idade adulta. Alguns morrem às garras de outros predadores, outros são devorados por elementos da sua própria espécie. No entanto, estima-se que existam cerca de 5000 indivíduos desta espécie, número que se tem mantido estável.

Tamanho, peso e longevidade
Um dragão-de-Komodo pode medir até 3,00 m, pesar 120 kg e viver até 50 anos.

Axolote

Ambystoma mexicanum

 
O axolote ou axolotle (do nauatle axolotl) (Ambystoma mexicanum) é uma espécie de salamandra que não se desenvolve na fase de larva. É um exemplo de animal neoténico, pois conserva durante toda a vida brânquias externas, uma característica do estado larval. Os axolotes são muito usados em laboratório devido à sua capacidade de regeneração.[1][2]

Descrição

Um axolote adulto pode medir de 15 a 45 cm embora o comprimento mais comum seja 23 cm e seja raro encontrar um espécimen com mais de 30 cm. Os axolotes possuem características típicas do estado larval das salamandras, incluindo brânquias externas e barbatanas caudais desde o final da cabeça prolongando se por toda a extensão da cauda. As cabeças são amplas e possuem olhos sem pálpebras. Os machos são identificáveis apenas na época de reprodução pela presença de cloacas muito mais pronunciadas e de aspecto redondo.

Habitat

Ao contrário do que ocorre com seus parentes próximos, como sapos e rãs, que passam a viver na terra quando deixam as formas larvais, os axolotes permanecem na água por toda a vida. O seu único habitat natural consiste dos lagos próximos da Cidade do México, em especial o lago Xochimilco e o lago Chignahuapan, este último no estado de Puebla. Atualmente, no lago Chignahuapan, são raramente encontrados. Isto se deve a predação dos seus ovos por espécies não autóctones introduzidas pelo homem. Além disso, a capacidade de regeneração do axolote também traz alguns problemas, uma vez que em certas zonas do México é apreciado em caldos e pela medicina naturista (como vitamínico). O animal em questão pode se regenerar tanto que no caso de perder um membro ou seu rabo, consegue criar um completamente novo. Existem poucos registros que afirmam um axolote que se desenvolveu e saiu da fase de girino.

Nome

Axolotle é um nome asteca, que numa tradução aproximada significa "monstro aquático", e na mitologia asteca era a evocação do deus Xolotl.

Largato Jesus Cristo

O "Lagarto Jesus Cristo"

O lagarto basilisco verde é também chamado de basilisco emplumado, mas a sua incrível capacidade de correr sobre a água dá a esta espécie seu apelido mais conhecido: o lagarto Jesus Cristo.
Abundante nas florestas tropicais da América Central, do sul do México ao Panamá, basiliscos verde gastam muito do seu tempo nas árvores e nunca longe de um corpo (lago, rio, pequenas areas inundadas..) de água. Quando ameaçados, podem cair de uma árvore na água e fazer um "sprint", na vertical, cerca de 5 pés (1,5 metros) por segundo em toda a superfície.
Para conseguir isso, eles têm dedos longos em seus pés traseiros com franjas de pele que se abrem na água, área de superfície crescente. Como eles rapidamente mechem suas pernas, que batem os seus pés espalmados duro contra a água, criando um bolsão de ar minúsculas que os impede de afundar-se, desde que mantenham a velocidade. Eles podem se mover ao longo da superfície por 15 pés (4,5 metros) ou mais. Quando a gravidade eventualmente faz assumir, o basilisco resorts à sua habilidade de natação excelente para continuar o voo.
Parte da família iguana, basiliscos verde crescem cerca de dois pés (61 centímetros) de comprimento, incluindo a sua longa cauda como chicote. Os machos têm distintivo, cristas no alto de suas cabeças e costas, que eles usam para impressionar as fêmeas. É por essa crista que sao chamado basiliscos: na lenda, os basiliscos são os reis das cobras, tanto que tem essa "coroa" natural na cabeça.
Fêmeas grávidas preparam uma vala rasa onde colocam até 20 ovos. A mãe, então, deixa os ovos eclodirem por conta própria.Os filhotes nascem com a capacidade de caminhar (em terra e água), escalar e nadar.
Basiliscos verdes são onívoros, sobrevivendo com uma dieta de material vegetal, insetos, frutos e pequenos vertebrados. Eles tem muitos predadores naturais, como cobras e pássaros.